Resumo
A luta das mulheres pela conquista de direitos, especialmente pelo direito civil e político ao voto, foi visível e teve nítido enfoque durante a denominada primeira onda do movimento feminista, que transcorreu pelos séculos XIX e XX. Muitos movimentos marcaram a reivindicação das mulheres pelo direito ao voto, em especial e como um dos mais marcantes, o movimento Sufragista. As Sufragistas, primeiras ativistas do feminismo no século XIX, passaram a ser conhecidas pela sociedade da época devido as suas fortes manifestações públicas em prol dos direitos políticos, com ênfase no direito ao voto. Esse cenário é retratado pelo filme As Sufragistas, estreado no ano de 2015, que relata a luta de mulheres pelo direito ao voto e o movimento sufragista liderado por Emmeline Pankhurst. O artigo problematiza o início da luta de gênero por direitos políticos, com ênfase nos estudos de Direito e Cinema. Dessa forma, a análise do resultado político na luta por direitos da primeira onda do movimento feminista pode ser exemplificado pelo filme As Sufragistas. O filme retrata as condições precárias da mulher no trabalho e sua submissão aos homens; mostra como o Direito e o Cinema podem relacionar-se com o intuito de explorar as realidades vivenciadas pelas mulheres em busca de seus direitos. Nesse sentido, o artigo objetiva, através da análise de cenas e linguagem do filme As Sufragistas, explorar a batalha das Sufragistas pela conquista do voto feminino e, consequentemente, demonstrar que, por meio do Cinema e através de suas imagens é possível retratar as realidades e, assim, as condições às quais as mulheres foram submetidas por longos anos.
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