Resumo
O atendimento à saúde de adolescentes e jovens é uma questão que necessita de discussão e análises que levem em conta a realidade desta população. Este segmento, por ser considerado saudável, não tem a necessária atenção em saúde, exceto nas questões de saúde reprodutiva. Pesquisas recentes mostram esta população, sobretudo pobres e negros, como a mais vulnerável às diferentes formas de violência e incidência de mortalidade por causas externas. O que nos permite concluir que este segmento ainda está desassistido em parte, devido à insuficiência de serviços
específicos ou inadequação destes para o mesmo, inclusive centros de referência; a saúde das(os) jovens não se resume apenas a atendimento e terapêutica, mas também envolve formação e qualificação dos profissionais; a portaria do MS (3088/2011) considera este segmento como uma das populações prioritárias, sendo portanto necessário e urgente a criação de serviços mais adequados; serviços como assistência social, ONGs, grupos culturais, projetos sociais, podem fazer parte da rede de atenção intersetorial como parceiras, mas uma questão se coloca pertinente: as(os) jovens encaminhadas(os) a tais serviços, estão sendo atendidos de modo integral, de acordo com suas características e demandas? É preciso discutir de que modoos serviços de saúde e seus níveis de atenção tem sido ofertados e tem acolhido as/os jovens, que equipamentos de saúde são pensados e construídos para atendê-los, como também acessar e revisitar as políticas de saúde para esta população. Essas análises se mostram necessárias para não aumentarmos o fosso existente na assistência.