Resumo
O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença autoimune de caráter inflamatório multissistêmico com tratamento à base de glicocorticódes e imunossupressores. O trabalho em pauta tem por objetivos estudar a patologia no seu âmbito multissistemático e analisar a incidência e a prevalência do LES no nordeste brasileiro e na capital paraibana. Suas causas e consequências multissistêmicas tem envolvimento das IgG, IgE e dos anticorpos anti-nucleares (FAN), anti-dsDNA e anti-Sm. No sistema nervoso são representadas por, principalmente, disfunções cognitivas e do SNC. No sistema musculoesquelético, causa artralgia (artrose), osteoporose e miosites. No sistema endócrino o LES afeta o eixo hipotalâmico-hipofise-adrenal, e está comumente associado a tireoidite de Hashimoto e, possivelmente, a hiperprolactinemia. Concomitantemente, para maior contextualização usou-se do método de avaliação SF-36, a fim de problematizar o bem-estar geral do indivíduo portador da patologia no contexto nordestino brasileiro. Análise epidemiológica confirma maiores incidência e prevalência da doença em mulheres de idade fértil, com variações regionais a afetar grupos étnicos, circunstância característica confirmada no nordeste brasileiro, com incidência estimada de 8,7 casos para 100.000 habitantes por ano, sendo provável fator agravante ou de risco a intensa exposição de radiação solar, e, no caso específico de João Pessoa, pela elevada mortalidade para mulheres, em cotejo com sexo oposto. Pudera-se concluir, com esta revisão, que o LES é uma patologia crônica que provoca amplo impacto sobre a vida de seus portadores, perpassando desde o âmbito social, psíquico até o nível sistêmico do corpo.