Resumo
Os exercícios aquáticos vêm sendo crescentemente utilizados para reabilitação de idosos com diversos distúrbios patológicos, entre eles, lombalgia crônica, fibromialgia e osteoartrite. são relatados como os tipos mais comuns de distúrbios osteomusculares, em que estas condições podem ser associadas a limitações funcionais significativas. O objetivo do estudo consiste em desenvolver uma revisão sistematizada a fim de avaliar os benefícios dos exercícios aquáticos em pacientes idosos diagnosticados com afecções músculoesqueléticas. Realizou-se uma busca sistematizada nas bases de dados: MEDLINE-NLM, MEDLINE-EBSCO, Scopus da Elsevier, SciELO e Cochrane Library. Foram pesquisados ensaios clínicos randomizados e quase randomizados que avaliaram os efeitos dos exercícios aquáticos, em idosos com condições músculoesqueléticas, em comparação com nenhum exercício ou exercício terrestre utilizando-se os descritores extraidos do DeCS, entre o ano de 2008 e 2015. Os desfechos de interesse foram dor, função física e qualidade de vida. Os artigos selecionados foram submetidos a escala de qualidade The Physiotherapy Evidence Database (PEDro)score. A maioria dos estudos reporta após a hidroterapia melhoras no quadro álgico (92,3%) e na função física (92,3%). A função física e qualidade de vida resultaram em escores positivos, enquanto, que a dor apresentou pontuação negativa (redução da dor). As evidências sugerem que o exercício aquático tem efeitos benéficos sobre a dor, função física e qualidade de vida em idosos com doenças musculoesqueléticas, e parecem comparáveis com os obtidos no exercício terrestre. Entretando, mais pesquisas são necessárias para compreender as características de programas de hidroterapia que fornecem o maior benefício para os idosos.