Resumo
O presente estudo objetivou identificar e analisar as crenças de médicos(as), enfermeiros(as), técnicos(as) de enfermagem e agentes de saúde, que atuam em USF (Unidade de Saúde da Família), acerca das práticas afetivo-sexuais e da vulnerabilidade em saúde sexual de lésbicas. Participaram do estudo 31 profissionais de saúde. Para a coleta dos dados foram utilizados um questionário sociodemográfico e a TALP (Técnica de Associação Livre de Palavras). Os resultados indicaram que: 1) Emergiram crenças que indicaram que parte dos profissionais compartilham crenças favoráveis acerca da homossexualidade feminina; 2) Também foram identificadas, porém com menor compartilhamento, crenças desfavoráveis às lésbicas baseadas em dogmas religiosos e discursos heteronormativos. Conclui-se ser preocupante verificar a existência, mesmo que com menor evocação e menor compartilhamento, de crenças desfavoráveis sobre as usuárias lésbicas advindas de profissionais de saúde que deveriam estar isentos de pré-julgamentos de valor sobre as usuárias dos serviços de saúde.
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