Resumo
O presente estudo objetivou observar o desempenho de idosos com e sem doenças crônicas não transmissíveis em provas de rastreio de memória. Para isso, foi realizado um estudo de campo, descritivo, observacional e transversal realizado em unidade de saúde da família e em um projeto social para idosos de uma capital nordestina. Participaram da pesquisa 65 idosos, de ambos os gêneros, com idades variando entre 60 e 87 anos, que aceitaram participar da pesquisa mediante a assinatura do termo de Consentimento Livre e Esclarecido e autorização dos respectivos locais. Para realização da pesquisa foi utilizada a Bateria Breve de Rastreio Cognitivo. Os dados foram analisados quantitativamente, a partir de estatística descritiva e inferencial pelo teste de correlação de Pearson, com nível de significância de 5%. A maioria dos idosos (64,61%) declarou ter queixa de memória e declarou não ter queixa de linguagem. Foi observado que os idosos sem doenças crônicas não transmissíveis apresentaram o melhor desempenho nos testes de memória, enquanto os idosos com diabetes mellitus apresentaram o pior desempenho. Verificou-se correlação negativa entre a idade e o desempenho nas provas de memória imediata (p=0,004*), Aprendizado (p=0,02*), Memória Tardia (p=0,013*) e pela quantidade de Intrusões realizadas (p=0,006*). Com isso, foi observado que o declínio cognitivo de memória em idosos aumenta de acordo com o avanço da idade. A maioria dos idosos possui queixa de memória. E a diabetes mellitus foi a doença crônica com pior desempenho nos testes de memória.