DESAFIOS E POTENCIALIDADES DA ALFABETIZAÇÃO EM SAÚDE NO
CONTEXTO DO EMPODERAMENTO: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA
CHALLENGES AND
POTENTIAL OF HEALTH LITERACY IN THE CONTEXT OF EMPOWERMENT: A SYSTEMATIC
LITERATURE REVIEW
Josiane de Fatima Santana[1]
João Lopes Toledo Neto[2]
Daiane Suele Bravo[3]
Aline Balandis Costa[4]
Recebido em: 18/10/2017.
Aceito em: 07/12/2017.
RESUMO
No contexto da educação em saúde, a alfabetização em
saúde ou literácia em saúde apresenta-se como chave para o desenvolvimento da
participação e envolvimento do sujeito. Para isto, são consideradas como
competências básicas a leitura, escrita e numerácia, sendo que a fraca
literácia pode constituir uma grande barreira individual no processo de
obtenção, processamento e interpretação da informação básica em saúde influenciando
a tomada de decisão. O presente estudo objetiva a avaliação das evidências dos
últimos cinco anos, referentes aos desafios e potencialidades da alfabetização
em saúde focada no contexto do empoderamento. Trata-se de um estudo de revisão
sistemática da literatura, com evidências baseadas nos últimos cinco anos de
publicações em bases de dados nacionais e internacionais, com estudos
qualitativos e quantitativos com evidente qualidade metodológica e respeito aos
princípios éticos de pesquisas com seres humanos. Os resultados da análise
final de 18 artigos selecionados, demonstrou que os desafios da literacia em
saúde estão baseados na sua influência a partir de níveis educacionais, níveis
de declínio cognitivo- principalmente em idosos-, da saúde mental – no que
trata da depressão- e de contextos da legibilidade dos folhetos informativos e
meios de comunicação da educação em saúde. Concluímos a partir das evidências a
necessária co-responsabilização do profissional e equipe de saúde para conhecer
os desafios e potencialidades da alfabetização em saúde voltadas para ações que
possam gerar o empoderamento em saúde ao indivíduo, família e comunidade.
Palavras-chave:
Alfabetização em saúde. Educação em saúde. Empoderamento.
ABSTRACT
In
the context of health education, literacy in health or literacy in health
presents itself as key to the development of the participation and involvement
of the subject. For this, reading, writing and numeracy are considered as basic
skills, and poor literacy can constitute a major individual barrier in the
process of obtaining, processing and interpreting basic health information
influencing decision making. The present study aims to evaluate the evidence
from the last five years regarding the challenges and potentialities of health
literacy focused on the empowerment context. This is a systematic review of the
literature, with evidences based on the last five years of publications in
national and international databases, with qualitative and quantitative studies
with evident methodological quality and respect for the ethical principles of
human research. The results of the final analysis of 18 selected articles
demonstrated that the challenges of health literacy are based on their
influence from educational levels, levels of cognitive decline, especially in
the elderly, mental health, depression contexts of the readability of
information leaflets and health education media. We conclude from the evidence
the necessary co-responsibility of the professional and health team to know the
challenges and potentialities of health literacy aimed at actions that can
generate the empowerment in health to the individual, family and community
Keywords: Health literacy. Health education. Empowerment.
INTRODUÇÃO
No contexto da educação em saúde, a alfabetização em saúde
ou literácia em saúde apresenta-se como chave para o desenvolvimento da
participação e envolvimento do sujeito. Para isto, são consideradas como
competências básicas a leitura, escrita e numerácia, sendo que a fraca
literácia pode constituir uma grande barreira individual no processo de
obtenção, processamento e interpretação da informação básica em saúde
influenciando a tomada de decisão (CAVACO; SANTOS, 2012).
A
alfabetização para a saúde em alguns aspectos pode ser confundida com educação
em saúde, entretanto apesar da relação conceitual existente o principal
destaque se dá no fato de que a alfabetização pode ser considerada um resultado
da educação em saúde (NIELSEN-BOHLMAN;PANZER;KINDING,2004). A Organização
Mundial de Saúde (OMS) define o letramento funcional em saúde considerando as
habilidades cognitivas e sociais como determinantes da motivação e capacidade
dos indivíduos em ter acesso, compreender e utilizar as informações obtidas,
como forma de promoção e manutenção da saúde determinando, portanto, que não se
trata apenas da leitura de um panfleto e marcação de uma consulta (WHO,2008).
Considerando este conceito, a OMS por meio da Comission Determinantes of Health,
apresenta uma relação de importância da alfabetização para a saúde considerando
o contexto social apresentado, concluindo que se as habilidades do sujeito no
acesso, compreensão e avaliação, bem como comunicação das informações em saúde
poderiam melhorar sua condição de saúde. Este resultado pode ser ampliado ao
contexto da família e comunidade, resultando em um determinante social de saúde
(WHO, 2008).
Mantendo
o mesmo direcionamento conceitual, a alfabetização para a saúde pode ser
definida como o grau em que o sujeito se apresenta apto para buscar,
compreender e partilhar as informações em saúde com a finalidade de manutenção
e promoção da saúde ao longo da vida, considerando os diferentes contextos (SUN
et al.,2013). Sendo assim, podemos inferir a influência dos fatores
sociodemográficos envolvidos, considerando principalmente os resultados da
educação como resultantes positiva ou negativa sobre os aspectos da promoção da
saúde.
O sinônimo literácia em saúde, conceituado segundo o Institute of Medicine (IOM) considera
que “grau de capacidade individual em obter, processar e interpretar informação
básica em saúde e serviços de saúde, tendo por finalidade um adequado processo
de tomada de decisão”, entretanto, em seu aspecto prático pode se relacionar ao
fato da capacidade da leitura das prescrições, direcionamentos de condutas e
decisões em saúde e ainda quando relacionados a programas e comunicações
voltadas para informação em saúde.
Existe ainda, outro conceito que é compreendido como
sinônimo de alfabetização em saúde que trata do letramento funcional em saúde.
Este conceito envolve aspectos da funcionalidade da interpretação da
informação, complementando sua importância para a tomada de decisões
apropriadas na gestão do autocuidado em saúde (SANTOS;PORTELLA,2016).
Entretanto, é importante destacar que este conceito em prática envolve uma rede
complexa de interação entre o sistema de saúde e sistema educacional,
corroborando assim com a influência de fatores sociais e culturais da realidade
vivenciada pelo sujeito o que pode trazer desafio ou potencialidade para a
funcionalidade esperada (WHCA, 2011).
Em reflexões sobre os termos práticos da alfabetização em
saúde pode-se considerar o letramento satisfatório como um privilégio, o que
faz com que o indivíduo possua melhor condição de saúde do que o outro com
letramento limitado ou insatisfatório. Neste aspecto, compreendemos que este
privilégio influi a noção de medidas preventivas, por exemplo, ou até uma maior
dificuldade em entender instrução sobre a medicação comprometendo toda uma
estratégia terapêutica (ADAMS et al., 2009).
Considerando a importância fundamental para a prática em
saúde, o aprofundamento conceitual e prático de alfabetização para a saúde ou
letramento funcional é relativamente novo no contexto brasileiro, sendo
difundido principalmente nos países desenvolvidos, visto a estruturação e
suporte da rede de atenção à saúde básica (SANTOS; PORTELLA,2016;PASKULIN
L.M.G. et al.,2012).
No contexto internacional, a Associação Médica Americana
preocupada com o problema da alfabetização em saúde, em 1999 convocou um comitê
ad hoc de especialistas para analisar e sugerir estratégias para este contexto.
Sendo assim, foram sugeridos os seguintes aspectos: 1) aplicação da
alfabetização em saúde; 2) melhoria da comunicação com pacientes que apresentam
baixa literácia; 3) custos e resultados da alfabetização em saúde precários e
4) condições de saúde associados (AMA,
1999). O empoderamento é uma tradução da palavra “empowerment”, e foi
designado pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 2001) como um processo
contínuo que possibilita indivíduos e comunidades adquirirem confiança,
autoestima, compreensão e poder atitudinal necessários para o alcance de seus
interesses. Na prática, devemos considerar que o empoderamento é um processo
educativo que depende ainda de condições sociais, culturais, econômicas e
cognitivas e que se destina a ajudar os pacientes a desenvolver a capacidade de
envolvimento e atitude frente a um contexto de decisão sobre a sua vida (TADDEO
et al., 2012).
Quando consideramos o modelo conceitual integrado e mais
atual sobre a alfabetização em saúde ou letramento funcional em saúde,
envolvemos o contexto do sujeito e seu curso de vida individual e populacional
visando o empoderamento como um modelo de educação em saúde para a melhoria de
suas condições de saúde (SANTOS et al.,2015).
Por fim, compreendemos que é necessário o conhecimento do
contexto da alfabetização em saúde mediante seus desafios e potencialidades na
população atendida, para que o profissional de saúde possa agir com ferramentas
para o empoderamento em saúde, do sujeito, família e comunidade. Considerando
ainda, a relação causal entre a educação, a alfabetização em saúde e o
empoderamento como um processo de construção sociocultural da prevenção,
promoção e recuperação da saúde.
Para este estudo, utilizamos o modelo conceitual integrado
de Sorensen et al. conforme a Figura 1, que combina as principais dimensões da
literácia ou alfabetização em saúde e mostra o empoderamento como um aspecto da
relação proximal e de impacto aos resultados de saúde. Neste contexto, a
alfabetização em saúde é entendida como um recurso para melhorar o
empoderamento das pessoas no campo do cuidado em saúde envolvendo a prevenção
de doenças e a promoção da saúde (SORENSEN et al.,2012).
A inspiração para o desenvolvimento deste estudo vem da
vivência em saúde pública no contexto nacional, e da compreensão da necessidade
de sistematização do conhecimento como ferramenta ágil para a prática baseada
em evidências. Além disso, foram encontrados vários estudos que trataram de
revisão da literatura, tanto no aspecto conceitual quando associado a outros
conceitos como a qualidade de vida, e promoção de saúde em doenças crônicas,
entretanto, foram raros os estudos que elencaram de forma pareada os desafios e
potencialidades da alfabetização em saúde, com foco no empoderamento em saúde. Portanto, pergunta-se: Quais os desafios e
potencialidades que podem estar envolvidos ao conceito e prática da
alfabetização para a saúde? O objetivo deste estudo é avaliar a evidência
disponível na literatura científica com relação à alfabetização para a saúde e
focar nos desafios e potencialidades desta abordagem com a finalidade de
discutir o resultado frente ao empoderamento do sujeito.
METODOLOGIA
Para buscar uma resposta à pergunta de estudo proposta,
utilizou-se a metodologia de revisão sistemática de literatura. Sendo assim,
define-se revisão sistemática como um tipo de investigação que utiliza como
fonte de dados a literatura sobre determinado tema, disponibilizando um resumo
das evidências relacionadas a uma estratégia de intervenção específica,
mediante a aplicação de métodos sistematizados de busca, apreciação crítica e
síntese da informação selecionada (SAMPAIO;MANCINI,2007). Com isso,
pretendeu-se reunir em resumo claro e explícito as conclusões de estudos que
possam ampliar a compreensão do tema não se limitando apenas a conclusão de um
só estudo.
A partir da construção da pergunta do estudo, realizada
com base na lacuna encontrada na literatura, será foi realizado um levantamento
da bibliografia considerando as seguintes bases de dados: Scielo, Biblioteca
Virtual de Saúde, MEDLINE, BDENF Enfermagem e LILACS. Foram considerados como
critério de inclusão os seguintes aspectos: a) artigos com texto completo,
disponíveis nas bases de dados acima listadas, com idioma inglês, espanhol ou
português, com data de publicação entre 2012-2017, que possuam a temática da
alfabetização para a saúde com clareza e objetividade em seu conteúdo; assim os
critérios de exclusão foram : b)artigos que não possuam texto completo, que
foram publicados fora das bases de dados selecionadas acima, que possuam outro
idioma a não ser inglês espanhol ou português, que possuem publicação há mais
de cinco anos ou que não possua em seu conteúdo o assunto da alfabetização para
a saúde com clareza e objetividade e os artigos que se apresentem repetidos na
busca em base de dados. Não foram considerados resumos publicados em eventos,
ou artigos que não foram publicados em revistas científicas.
As palavras chaves utilizadas para a busca estão de acordo
com os descritores padronizados para os Descritores em Ciências da Saúde (Decs)
nos três idiomas selecionados, conforme a apresentação: Descritor em inglês:
Health Literacy; Descritor em espanhol: Alfabetización em Salud; Descritor em
português: Alfabetização em Saúde. O sinônimo para esta palavra chave foi
considerado como “grau de capacidade que indivíduos têm de obter, processar e
compreender a informação e os serviços básicos sobre saúde, necessário para
tomar decisões apropriadas em saúde” de acordo com a definição Decs.
Para a análise da qualidade metodológica, foram
considerados os tipos de estudos qualitativos e/ou quantitativos, com coerência
metodológica e que estejam de acordo com os padrões éticos exigidos para
estudos com seres humanos. Foram dispensados estudos de caso ou relatos de
experiências, por não contemplarem esperada reprodutibilidade de resultados.
RESULTADOS
A partir do levantamento da literatura, foram encontrados
27 artigos na base de dados SCIELO, sendo selecionado 6 artigos após filtragem
e na base de dados Biblioteca Virtual de Saúde – BVS (que integra as demais
bases de dados propostas neste estudo) foram encontrados 44 artigos sendo selecionados
15 artigos. No total, foram analisados 18 artigos mediantes os critérios
metodológicos de inclusão.
Os resultados da análise dos artigos, cumprindo os
objetivos deste estudo, são apresentadas no Tabela 1. Na coluna resultados,
serão consideradas as ferramentas utilizadas para a alfabetização em saúde e as
dificuldades e potencialidades encontradas a partir da experiência estudada.
Tabela 1 -
Resultado da análise dos artigos selecionados com foco nas ferramentas
utilizadas e nos limites e potencialidades da alfabetização em saúde.
Título/Autor/Ano |
Referencial
Metodológico |
Campo
de Aplicação |
Percepções
e Conclusão |
Short Assessment of Health Literacy for
Portuguese Speaking Adult. Apolinário
et al.,2012. |
Desenvolvimento
e validação de instrumento para avaliação da alfabetização em saúde para
idosos brasileiros. |
Saúde
do Adulto; Saúde do Idoso. |
Funcionalidade
triagem clínica da alfabetização inadequada em saúde. |
Conditions of functional health literacy of an
elderly diabetics group. Santos
et al.,2016. |
Delineamento
de estudo seccional e descritivo, com população de idosos diabéticos
assistidos no SUS (N = 114). Avaliou-se condicionantes sociais, de saúde e
letramento funcional em saúde pelo teste S-TOFHLA (versão-breve). |
Saúde
do Idoso; Saúde do Adulto. |
Influencia
do baixo letramento funcional em saúde no autocuidado, habilidades de
compreensão e tomada de decisões voltadas à autogestão da saúde. |
Health literacy of older people in primary care. Paskulin
et al.,2012. |
Delineamento
de estudo descritivo de caráter qualitativo, realizado com 30 idosos ligados
a três grupos de educação em saúde, investigado por meio de entrevistas e
análise temática. |
Saúde
do Idoso; Saúde do Adulto. |
Alfabetização
em saúde com foco na prevenção e recuperação de danos à saúde, onde
respeitou-se a as particularidades dos sujeitos |
Literacia
em Saúde Mental de Adolescentes: Um Estudo Exploratório. Rosa
et al.,2014. |
Delineamento
de estudo exploratório, com realização de três grupos focais (n=23), com uma população
adolescente e jovem a partir de entrevista estruturada e analisada
qualitativamente. |
Atenção
em Saúde Mental; Adolescentes e Jovens. |
Os
resultados sinalizaram a necessidade promoção da literacia em saúde mental e
ampliação do a compreensão com relação a sintomas e conceitos em saúde
mental. |
Literacia
em Saúde: Resultados obtidos a partir de uma amostra de pessoas idosas
portuguesas. Serrão
et al.,2015. |
Estudo
qualitativo, desenvolvido com adultos (n=433) com mais de 65 anos de idade
com aplicação do instrumento Vital Sign (NVS, Copyright © Pfizer Inc). |
Atenção
Básica, Gerontologia e Atenção à Saúde do Adulto. |
Urgência
em potenciar a literacia em saúde na população idosa, e ainda em grupos de
maior vulnerabilidade com acompanhamento da singularidade do sujeito. |
Avaliação
da legibilidade de folhetos informativos e literacia em saúde. Cavaco
& Santos, 2012. |
Estudo
exploratório com caráter observacional e transversal, com amostra selecionada
por conveniência (n=53) constituída de população utilizadora de uma farmácia
comunitária em meio urbano. |
Saúde
Pública e Suplementar, Atenção à Saúde do Adulto. |
Relação
do grau de literacia e escolaridade, com foco na importância de compreender a
influência de fatores como o tamanho da letra, diversidade lexical e
abreviaturas como pontos críticos na leitura, compreensão e utilização do
texto. |
Health Literacy and Depression in the Context of
Home Visitation. Smith & Moore,2012. |
Análise
de 2.572 díades de pais / filhos, compilada em um estudo quase experimental
onde a depressão foi monitorada com relação as praticas e cuidados de saude e
a alfabetização entre deprimidos e não deprimidos. |
Saúde
Mental, Saúde Pública |
Pais
deprimidos apresentam escore baixo de alfabetização em saúde, que pode ser
melhorado através de visitas domiciliares. |
Health Literacy and the Digital Divide Among
Older Americans. Levy et al.,2015. |
Análise
retrospectiva de dados entre 2009-2010 com relação à alfabetização em saúde
em adultos com 65 anos de idade e mais (824 indivíduos na população geral e
1.584 usuários da Internet). |
Saúde
Pública; Saúde do Idoso. |
|
The Relationship between Functional Health
Literacy and Obstructive Sleep Apnea and its Related Risk Factors and
Comorbidities in a Population Cohort of Men. Li et al.,2014. |
Estudo
de coorte populacional, realizado na Austrália entre os anos de 2011-12, com
1.021 homens de idade ≥40 anos. |
Saúde
do Homem, Saúde do Adulto. |
A alfabetização funcional limitada em saúde foi associada
independentemente com apneia obstrutiva do sono, seu diagnóstico, fatores de
estilo de vida e comorbidades,ou seja, cada variável influencia por si
só.Destaca-se a importância de desenvolver e promover políticas nacionais de
alfabetização em saúde específicas à doença. |
Limited health literacy is associated with low
glomerular filtration in the Chronic Renal Insufficiency Cohort (CRIC) study. Ricardo et al., 2014. |
Estudo
transversal, de coorte com um número total de 2.340 pessoas com idade entre
21-74 anos. |
Saúde
do Adulto; Doença Renal. |
Os resultados demonstraram que a alfabetização em saúde apresentou-se
limitada, sendo prevalente entre os negros, e foi associado com menor
filtração glomerular e um perfil de fator de risco para doença cardiovascular
menos favorável. |
Health literacy, sunscreen and sunbed use: an
uneasy association. Altsitsiadis et
al, 2012. |
Estudo
multicêntrico em oito países europeus, com aplicação de um questionário de
auto relato, com um número de 3289 participantes. |
Saúde
do Adulto, Saúde Pública. |
Os achados sugerem que a alfabetização em saúde pode ser uma abordagem
interessante para influenciar o uso de filtros solares |
Cognitive Function and Health Literacy Decline in
a Cohort of Aging English Adults. Kobayashi et al., 2015. |
Estudo
longitudinal, com um número de 5256 participantes, sendo adultos em
envelhecimento com idade ≥52 anos. |
Saúde
do Adulto, Saúde do Idoso. |
Declínio
da literacia em saúde aumenta com a idade, e marcantes desigualdades sociais
tornando-os vulneráveis no campo da alfabetização em saúde |
The Mini Mental Status Exam as a Surrogate
Measure of Health Literacy. Dahlke et al.,2013. |
Estudo
de coorte envolvendo 827 participantes. |
Saúde
do Adulto; Saúde do Idoso. |
O
Mini Exame do Estado Mental foi considerado válido para mensurar a baixa
literacia em saúde e facilmente administrado no campo dos cuidados em saúde. |
The Impact of Health and Financial Literacy on
Decision Making in Community-Based Older Adult. James et al.,2012. |
Estudo
longitudinal com 525 participantes, idosos e sem demência. |
Saúde
do Idoso. |
Entre
a comunidade de idosos sem demência, o alto nível de literacia em saúde foi
associado com melhores tomadas de decisão, melhor qualidade de saúde e vida. |
Health Literacy Assessment Using Talking
Touchscreen Technology (Health LiTT): A New Item Response Theory-based
Measure of Health Literacy. Hahan et al., 2011. |
Estudo
prospectivo, com 69 participantes de idade entre 21-77 anos que mediu a
literacia em saúde através do instrumento Health LiTT.. |
Saúde
do Adulto. |
O
Helth LiTT atende aos padrões psicométricos para medida de alfabetização em
saúde. Indicado ainda para estudos que pretendam gerar um único escore de literacia
em saúde. |
The role of cognitive function in the
relationship between age and health literacy: a cross-sectional analysis of
older adults in Chicago, USA. Kobayashi
et al.,2015. |
Estudo
de corte transversal, de coorte, multicêntrico com 828 participantes com
idade entre 55-74 anos. |
Saúde
do Adulto |
As habilidades de alfabetização em saúde se modificam com
envelhecimento cognitivo, destacando a necessidade de adaptação dos testes e
clinicamente, assegurar que as
tarefas de auto-gestão da saúde para pacientes mais velhos tenham demandas
cognitivas e de alfabetização apropriadas. |
Health Literacy and Outcomes among Patients with
Heart Failure. Peterson et al,2011. |
Estudo
de coorte retrospectivo realizado com 480.000 participantes. |
Saúde
do Adulto. |
Entre os pacientes com IC em uma organização integrada de cuidados
gerenciados, baixa literácia em saúde foi significativamente associada com
maior mortalidade por todas as causas. |
The Association of Health Literacy with Adherence
and Outcomes in Moderate-Severe Asthm. Apter et al.,2013. |
Estudo
prospective de coorte,realizado com 284 participantes. |
Saúde
do Adulto. |
A relação entre afabetização e saúde é complexa, entretanto a condição
de melhores escores de alfabetização em saúde podem melhorar os resultados da
asma moderada ou grave, elevando a qualidade de vida. |
Com relação à reprodutibilidade dos limites e
potencialidades com relação à literacia em saúde, a partir dos estudos
selecionados foi analisada a procedência dos estudos. Sendo assim,
identifica-se que a maioria dos estudos foi realizada em estados da América do
Norte (n=09) incluindo um estudo que abordou a cultura latino-americana. Com
relação aos estudos realizados no continente Europeu, encontram-se nesta
seleção estudos portugueses (n=3), britânico (n=1) e um estudo colaborativo que
envolveu diversos países europeus. Um estudo australiano foi selecionado,
representando o continente da Oceania.
Foram selecionados apenas três artigos brasileiros, mediante o critério
de busca aplicado. Assim, importa destacar a influência sociocultural aplicada
nos resultados analisados e, portanto, sinalizar a relevância deste resultado
em uma visão panorâmica e abrangente com percepções universalizadas, apesar de
não serem encontrados estudos asiáticos e africanos.
Em análise, com relação ao referencial metodológico a maioria
dos estudos foram desenvolvidos com a característica quantitativa (n=15;89%),
sendo que entre os demais apresentam-se dois estudos qualitativos, um estudo
exploratório com grupo focal e um estudo de validação instrumental. Em geral,
os estudos apresentaram um número de participantes adequados frente à
metodologia proposta, sendo que entre os qualitativos este número esteve a
partir de 53 até 480.000 participantes. Dentre os estudos de caráter
qualitativo, foram analisados estudos descritivos, observacional e
exploratório, quase experimental, de caráter prospectivo e retrospectivo,
longitudinais e transversais, estudos multicêntricos e de coorte.
Com relação ao campo de aplicação dos estudos analisados,
a maioria dos estudos foram aplicados a área da Saúde do Idoso (n=8;44,4%),
seguido da Saúde do Adulto (n=7;39%). Outros estudos abordaram especificamente
a Saúde do Adolescente, Saúde do Homem e Saúde Mental. As percepções a
aplicações demonstraram em geral um baixo índice de literacia em saúde ao rastreamento,
destacando o declínio associado a idade. Apresentam ainda a relação deste baixo
letramento funcional em saúde relacionado ao nível de escolaridade, e destacam
a necessidade de promoção e potencialização da literacia em saúde na
comunidade. O foco de alguns estudos manteve-se especialmente na relação da
literacia em saúde com a tomada de decisões em saúde, utilização do filtro
solar, qualidade de vida, e resultados frente a condições de saúde específicas
como a doença renal crônica e insuficiência cardíaca.
DISCUSSÃO
A alfabetização em saúde compreende um campo de atuação de
caráter multiprofissional e interdisciplinar, envolvendo aspectos funcionais e
práticos da interpretação de mensagens, meios de divulgação e ferramentas da
educação em saúde. A partir desta condição, é possível a interpretação dos
conceitos de saúde e doença e dos meios de prevenção, promoção e recuperação da
saúde.
Com relação à responsabilização por esta prática, conforme
apresentado pela Organização Mundial da Saúde, esta acontece em âmbito
político, a saúde, da sociedade civil e do setor privado onde podem colaborar
para a promoção da alfabetização em saúde e os enfrentamentos mediante seus
desafios (SERRÃO et al.2015). Sendo
assim, quando se trata de alfabetização em saúde, estão expostas condições de
alfabetização comum envolvendo ainda o tamanho da letra, a diversidade lexical,
as abreviaturas específicas e improvisadas na área da saúde e outros aspectos
práticos como a interpretação, a compreensão e a utilização do texto em questão
(CAVACO & SANTOS, 2012).
As evidências ainda apontam a importância do
desenvolvimento de ações para a promoção da literacia em saúde, considerando a
sensibilidade e especificidade de diretrizes que considerem a prevenção,
promoção e recuperação da saúde e ainda que tenha a eficácia sobre métodos que
possam fortalecer a tomada de decisão em esquemas terapêuticos (CAVACO;SANTOS,
2012; ALTSITSIADIS ET AL, 2012). Assim, destaca-se a importância em compreender
o aspecto da literacia em saúde nos resultados das ações do cuidar, notando-se
que as informações e meios de educação em saúde, e ainda, as prescrições de
autocuidado e de adesão às terapêuticas podem não estar atingindo com
eficiência e eficácia a população alvo. Muitas vezes às campanhas e folhetos
não têm linguagem e signos léxicos acessíveis à determinado público, fazendo-se
necessária uma investigação do grau de literacia como preparação para estas
ações educativas e informativas. Assim, considera-se que após o rastreamento
adequado, é possível tomar atitudes sejam elas de adaptação ou desenvolvimento
da literacia em saúde, com a finalidade de trabalhar com as habilidades de
compreensão e tomadas de decisão no cuidado em saúde.
Em virtude de um rastreamento adequado, para que se tenha
encaminhamento das demandas em literacia em saúde, são investigados ainda os
instrumentos que possam reproduzir esta realidade. São apresentados na
literatura recente, instrumentos com funcionalidade clinica como o Short
Assessment os Health Literacy (SAHL) já validado para o português e o Health
Literacy Assessment Using Talking Touchscreen Tecnology (Health LiTT) que
atende aos valores psicométricos para a medida da literacia em saúde com foco
na geração de um escore final único, entretanto não validado para o português
até o momento (APOLINÁRIO et al.,2012; HAHAN et al.,2011). É sugerido ainda o
instrumento Mini Exame do Estado Mental (MEEM) como um instrumento válido para
mensurar a baixa literacia em saúde a partir de um estudo de coorte (DAHLKE et
al.,2013).Destacando-se ainda o fato de sua fácil aplicação e validação na
língua portuguesa sendo largamente utilizado na clínica, compreendemos a
importância da mensuração da literacia em saúde a partir de instrumentos já
aplicados do dia-a-dia da clínica, não
exigindo maiores questionários e tomada de tempo para tal resultados.
Outro fator importante a se considerar para o rastreio e
planejamento das ações focadas em uma melhor condição de literacia em saúde, é
que estudos demonstram sua queda relacionada à idade. A população idosa é tida
como vulnerável em diversos contextos inclusive no que se trata da literacia em
saúde e suas influencias no processo saúde e doença (Serrão et al.,2015).
Assim, com a evidência do envelhecimento cognitivo influenciando em menores
índices de literacia em saúde preocupa-se em diversas adaptações a incluir
testes de rastreio clínico e meios de alfabetização em saúde apropriada para
esta população assegurando o acompanhamento da autogestão dos cuidados e
tomadas de decisões em saúde neste contexto (KOBAYASHI et al.,2015). A partir
daí nota-se que as diferentes fases de desenvolvimento cognitivo podem demandar
de específicas adaptações das ações de literacia em a saúde. Outros estudos
voltados para os aspectos cognitivos da literacia em saúde apresentam que a
depressão compromete este escore (SMITH;MOORE,2012) e indicam que idosos sem
demência podem apresentar escores melhores, associados a melhor qualidade de
vida e tomada de decisão em saúde (JAMES et al.,2012).
Finalmente, compreende-se que seja no campo da saúde do
idoso, da saúde pública, saúde do adulto ou saúde mental a literacia em saúde
exerce influência sobre a tomada de decisões e as habilidades de compreender a
terapêutica prescrita e compromete a eficácia das ações de educação em saúde.
Portanto, é preocupante a influência que o nível de escolaridade exerce sob a
literacia em saúde, visto que no Brasil há uma taxa de analfabetismo alta e
média de anos de estudo baixa caracterizando um déficit educacional, que
apensar de melhora nos últimos anos é gradual e lenta (IBGE,2015) e ainda,
entre os países da América do Sul apresentamos as menores médias de ano de
estudo (HUMAN, 2014).
Compreendemos que a literacia em saúde traz empoderamento
é conceituado por educação e capacitação do indivíduo, família e comunidade
para que possa adquirir o conhecimento (alfabetização em saúde ou literacia em
saúde), estando motivado e possuindo acesso com eficácia aos recursos com a
finalidade de manutenção, promoção e recuperação da saúde e autocuidado (FUNG
et al.,2015). Assim, compreendemos a responsabilidade do profissional de saúde
e sua equipe em corresponder as habilidades de alfabetização em saúde buscando
compreender as barreiras e potencialidades apresentadas, adaptando e
construindo meios de atingir o empoderamento em saúde.
CONCLUSÃO
Concluímos que a alfabetização em saúde ou literacia em
saúde influencia o contexto do empoderamento do indivíduo, comunidade e família
e em contrapartida é influenciado por fatores como nível educacional, estado de
saúde mental e declínio cognitivo relativo ao envelhecimento. Estes fatores
desafiadores, emergem de particularidades a serem consideradas no rastreamento
do escore de literacia em saúde de determinada população, necessária ao
planejamento de ações para a melhoria deste contexto, formalizando atitudes que
possam responder as expectativas de situações de melhor tomada de decisão em
saúde, autocuidado e qualidade de vida. Assim importa o profissional de saúde
conhecer este contexto e poder planejar suas ações mediantes aos desafios e
possibilidades apresentados.
REFERÊNCIAS
ADAMS,
R.J.; STOCKS, N.P.; DH, W. et al. Health literacy: a new concept for general
practice? Aust. Fam. Physician,
v.38, n.3, p.144-7, 2009.
ALTSITSIADIS, E.; UNDHEIM, T.; DE VRIES, E.;
HINRICHS, B.; STOCKFLETH, E.; TRAKATELLI, M.; EPIDERM Group.. Health literacy,
sunscreen and sunbed use: an uneasy association. Br J Dermatol. Oxford,n.167 Suppl 2,p.14-21,2012.
AMERICAN
MEDICAL ASSOCIATION (AMA) Health literacy: report of the Council on Scientific
Affairs. Ad Hoc Committee on Health Literacy for the Council on Scientific
Affairs, American Medical Association. JAMA, Chicago,v.281,n.6, p.552-7,1999.
APOLINARIO, D. et al . Short Assessment of
Health Literacy for Portuguese-speaking Adults. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 46, n. 4, p. 702-711, 2012.
APTER, A.J.; WAN, F.; REISINE, S.; BENDER,
B.; RAND, C.; BOGEN, D.K.; BENNETT, I.M.; BRYANT-STEPHENS, T.; ROY, J.; GONZALEZ,
R.; PRIOLO, C.; HAVE, T.T.; MORALES, K.H. The association of health literacy
with adherence and outcomes in moderate-severe asthma. J Allergy Clin Immunol. St Louis, Mosby., v.132,n.2,p.321-7,2013.
CAVACO, A.; SANTOS, A.L. Avaliação da legibilidade de folhetos
informativos e literacia em saúde. Rev.
Saúde Pública, São Paulo , v. 46, n. 5, p.
918-922,2012.
CAVACO, A; SANTOS, A.L. Avaliação da legibilidade de
folhetos informativos e literacia em saúde. Rev. Saúde Pública, São Paulo , v. 46, n.
5, p. 918-922,2012.
DAHLKE, A.R.; CURTIS, L.M.; FEDERMAN, A.D.; WOLF, M.S. The mini mental
status exam as a surrogate measure of health literacy. J Gen Intern Med. Philadelphia, v.29,n.4,p.615-20,2014.
FUNG, C.S.C.; YU, E.Y.T.; GUO, V.Y.
et al Development of a Health Empowerment Programme to improve the health of
working poor families: protocol for a prospective cohort study in Hong Kong BMJ Open, London, v.;6,p.e010015,2016.
HAHN, E.A.; CHOI, S.W.; GRIFFITH, J.W.; YOST,
K.J.; BAKER, D.W. Health literacy assessment using talking touchscreen
technology (Health LiTT): a new item response theory-based measure of health
literacy. J Health Commun.
Washington DC,v.16 Suppl 3,p.150-62,2011.
HUMAN
development report 2014: sustaining human progress: reducing vulnerabilities
and building resilience. New York: United Nations Development Programme, UNDP,
2014.
JAMES, B.D.; BOYLE, P.A.; BENNETT,
J.S.;BENNETT, D.A. The impact of health and financial literacy on decision
making in community-based older adults. Gerontology.Basel,
v.58,n.6,p.531-9,2012.
KOBAYASHI, L.C. ;WARDLE, J.; WOLF, M.S.; VON
WAGNER, C. Cognitive Function and Health Literacy Decline in a Cohort of Aging
English Adults. J Gen Intern Med. Philadelphia,v.30,n.7,p.958-64,2015.
KOBAYASHI, L.C.; SMITH, S.G.; O'CONOR, R.;
CURTIS, L.M.; PARK, D.; VON WAGNER, C.; DEARY, I.J.; WOLF, M.S. The role of
cognitive function in the relationship between age and health literacy: a
cross-sectional analysis of older adults in Chicago, USA. BMJ Open. London, v.23,5, n.4,p.e007222, 2015.
LEVY H.;
JANKE, A.T.; LANGA, K.M. Health literacy and the digital divide among older
Americans. J Gen Intern Med.
Philadelphia, n.30,v.3,p.284-9,2015.
LI J.J;
APPLETON, S.L.; WITTERT, G.A.; VAKULIN, A.; MCEVOY, R.D.; ANTIC,
N.A.;ADAMS,R.J. The relationship between functional health literacy and
obstructive sleep apnea and its related risk factors and comorbidities in a
population cohort of men. Sleep. New
York, v.37,n.3,p.571,2014.
NIELSEN-BOHLMAN
L, PANZER A.M., KINDING D.A., (Ed.) Health literacy: a prescription to end
confusion. Washington (DC): The National Academies Press; 2004.
PASKULIN, L.M.G. et al . Health literacy of
older people in primary care. Acta paul.
enferm., São Paulo, v. 25, n. spe1, p. 129-135, 2012 .
PASKULIN, L.M.G.; BIERHALS, C.C.B.K.; VALER, D.B. et al.
Alfabetização em saúde de pessoas idosas na atenção básica. Acta Paul Enferm, São Paulo, v.25, n.1, p.129-35,2012.
PETERSON, P.N.; SHETTERLY, S.M.; CLARKE,
C.L.; BEKELMAN, D.B.; CHAN, P.S.; ALLEN, L.A.; MATLOCK, D.D.; MAGID, D.J.; MASOUDI, F.A. Health
literacy and outcomes among patients with heart
failure. JAMA.
Chicago,v.305,n.16,p.1695-701,2011.
RICARDO,
A.C.; YANG, W.; LORA, C.M.; GORDON, E.J.; DIAMANTIDIS, C.J.; FORD, V.; KUSEK,
J.W.; LOPEZ, A.; LUSTIGOVA, E.; NESSEL, L.; ROSAS, S.E.; STEIGERWALT, S.;
THEURER, J.; ZHANG, X.; FISCHER, M.J.; LASH, J.P. CRIC Investigators.. Limited
health literacy is associated with low glomerular filtration in the Chronic
Renal Insufficiency Cohort (CRIC) study. Clin Nephrol. ,München-Deisenhofen,v.81, n.1, p.30-7,2014.
ROSA, A.; LOUREIRO, L.; SEQUEIRA, C.. Literacia em saúde mental de
adolescentes: Um estudo exploratório. Revista
Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental,
Porto , n. spe1, p. 125-132, 2014.
SAMPAIO, RF; MANCINI, MC. Estudos de revisão sistemática:
um guia para síntese criteriosa da evidência científica. Revista brasileira de
fisioterapia, São Carlos , v. 11, n. 1, p.
83-89, 2007.
SANTOS, M.I.P.O. et al . Letramento funcional em saúde na
perspectiva da Enfermagem Gerontológica: revisão integrativa da literatura. Rev. bras. geriatr. gerontol., Rio de
Janeiro , v. 18, n. 3, p. 651-664,2015.
SANTOS, M.I.P.O.; PORTELLA, M.R.. Condições do letramento funcional em
saúde de um grupo de idosos diabéticos. Rev. Bras. Enferm., Brasília , v. 69, n. 1, p.
156-164, 2016.
SERRAO, C.; VEIGA, S.; VIEIRA, I. Literacia em saúde: Resultados obtidos
a partir de uma amostra de pessoas idosas portuguesas. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde
Mental, Porto,n. spe2, p. 33-38,2015.
SMITH,
S.A; MOORE E.J. Health literacy and depression in the context of
homevisitation. Matern Child Health J.
New York, v.16, n.7, p.1500-8,2012.
SORENSEN,
K.; VAN-DEN BROUCKE, S.; FULLAN, J. et al. Health literacy and public health: a systematic
review and integration of definitions and models. BMC Public Health, United Kingdom v.12,n.80,p.1-13,2012.
TADDEO,
P.S. et al . Acesso, prática educativa e empoderamento de pacientes com
doenças crônicas. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v.
17, n. 11, p. 2923-2930, 2012 .
WORLD
HEALTH COMMUNICATION ASSOCIATES (WHCA). Health
literacy: “the basics revised edition”, United Kingdom, 2011.70 p.
WORLD
HEALTH ORGANIZATION (WHO) .Closing the
gap in a generation: healthy equity through action on the social determinants
of health. Commission Social Determinants of Health (CSDH). Geneve, 2008.
40 p.
[1]
Graduada em Enfermagem pelo Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis
(IMESA).
E-mail: daiane7bravo@hotmail.com
[2]
Doutor em Biologia Bucodental pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).
Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). E-mail:
joaoneto@uenp.edu.br
[3]
Doutoranda em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).
E-mail: daianebravo@hotmail.com
[4]
Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). E-mail: alinebalandis@uenp.edu.br